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Gustave Flaubert foi preso e julgado por ofensa à moral e à religião quando criou o personagem Emma Bovary. Esse faz-de-conta politicamente correto passou-se em 1857. Conheci Adriano Macedo em 2001, e, ao que sei, nunca foi preso e, muito menos, julgado por ofensa à moral e à religião ao criar um personagem. Então o que tem a ver Gustave Flaubert com Adriano Macedo? Pouco, apenas um detalhe, mas importantíssimo na criação literária: a procura incessante e, por vezes, até desesperada da palavra certa, no lugar certo e com o significado certo. O retrato da dama é o primeiro livro que Adriano Macedo publica, o que mostra ser ele um escritor iniciante. E é verdade. Matematicamente, Adriano Macedo é um escritor iniciante. Mas só matematicamente. Nas dez estórias de O retrato da dama, o que se constata é o total amadurecimento do texto, a absoluta concisão do estilo, o perfeito domínio da arte de narrar. Adriano Macedo é um escritor que sabe trabalhar com a palavra, pois tem consciência de que ela é o seu instrumento de trabalho e criação. Como qualquer leitor sabe que não são muitos os escritores que se podem gabar disso, é, justamente, essa consciência que faz da leitura de O retrato da dama um verdadeiro prazer. Mas o fato de eu o dizer significa, apenas, que eu o digo. E o importante, leitor, é que você o comprove por si mesmo.Cunha de Leiradella

 

  • Editora ‏ : ‎ Autêntica; 1ª edição (1 janeiro 2008)
  • Idioma ‏ : ‎ Português
  • Capa comum ‏ : ‎ 96 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 857526334X
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8575263341
  • Dimensões ‏ : ‎ 20.83 x 13.72 x 1.02 cm

Retrato da dama - Adriano Macedo

SKU: 9788575263341
R$ 37,00Preço

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